segunda-feira, 28 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
Como funciona a fazenda de corpos
Centro de pesquisa da fazenda de corpos
A primeira fazenda de corpos (oficialmente conhecida como Centro de Antropologia Forense da Universidade do Tennessee [em inglês]) foi inaugurada pelo Dr. William Bass em 1971. Bass reconheceu a necessidade de pesquisar a decomposição humana depois que a polícia, repetidamente, pediu sua ajuda para analisar corpos em investigações criminais. O que começou como uma pequena área com apenas um corpo evoluiu para um complexo de 12.000 metros quadrados com os restos mortais de 40 pessoas. A instalação ficou conhecida (e ganhou seu apelido) depois de ter inspirado o romance de Patricia Cornwell de 1995, "The Body Farm" (A fazenda de corpos).iStockphoto/ranplett
De onde vêm estes corpos? Quando o Dr. Bass iniciou os trabalhos utilizava corpos de indigentes das unidades médicas de pesquisa. Posteriormente, as pessoas passaram a doar seus corpos ao centro para facilitar os estudos forenses.
Não há um padrão comum de diretrizes a serem seguidas por esses centros de estudos, além de segurança, proteção e privacidade. Até mesmo a dimensão das instalações variam. A fazenda de corpos da Universidadea Western Carolina tem cerca de 300 metros quadrados. Foi construída para manter 6 a 10 corpos por vez, enquanto a da Universidade do Tennessee possui 40 corpos em seus 12.000 metros quadrados. A fazenda de corpos no Texas é maior: a instalação na Universidade do Texas (em inglês)-San Marcos possui cerca de 20.000 metros quadrados.
Cada instalação possui um foco diferenciado. A fazenda de corpos do Tennessee desenvolve um amplo estudo sobre a decomposição do corpo sob todas as condições - enterrado, a céu aberto, sob a água e até no porta-malas de carros. Já em Western Carolina se enfatiza o estudo da decomposição na região montanhosa da Carolina do Norte e do Sul. A fazenda de corpos do Texas também oferece dados específicos da região. Antropólogos forenses de estados como Novo México (em inglês) aguardam dados do Texas para que possam estudar amplamente a decomposição em climas desérticos.
Geralmente, quando o centro aceita um corpo, o mesmo é colocado em um refrigerador (similar ao encontrado em necrotério). O cadáver é identificado com um número e colocado em uma localização específica no terreno. A localização de cada corpo é cuidadosamente mapeada. Os estudantes aprendem a manter uma seqüência de evidências quando trabalham com pessoas reais. Em uma investigação criminal, é fundamental que quem vai lidar com o corpo registre a manipulação do mesmo. Desta maneira, nenhuma questão legal poderá ser levantada quanto à integridade das provas ou possíveis disparidades sob sua custódia.
Os corpos se decompõe durante muito tempo. Depois os estudantes praticam exercícios relacionados à localização, coleta e remoção de restos mortais da área. Os restos são levados ao laboratório e depois são analisados. Quando a análise é finalizada, o esqueleto pode ser devolvido à família do falecido para o funeral, caso este seja o pedido da família. Caso contrário, é provável que permaneça na coleção de esqueletos do departamento. A Universidade de T-Knoxville ostenta uma coleção de restos mortais de mais de 700 pessoas.
As fazendas de corpos podem proteger ou não os corpos em uma espécie de gaiola. Esta medida evita que os coiotes no Texas dilacerem as partes do cadáver. No centro da Carolina Ocidental, cercas de proteção são suficientes.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Antropólogos Forenses
Antropólogos forenses
Dependendo da profundidade que o caixão for enterrado, o corpo pode ficar completamente livre de tecidos e carne dentro de 40 a 50 anos. Cadáveres desprotegidos se decompõem até o estágio do esqueleto muito antes disso. No entanto, pode levar centenas de anos para os ossos se decomporem totalmente.Embora muitos corpos tenham sido descobertos antes de virarem pó, normalmente um tempo suficiente - dias ou muitos anos - já se passaram, impossibilitando identificar visualmente um individuo encontrado em circunstâncias misteriosas. A pele, o músculo e outros tecidos podem ter se decomposto ou podem ter sido ingeridos por animais selvagens. O que é mais provável que se conserve é o esqueleto. É nele que as respostas normalmente são encontradas.
Antropologia forense é o estudo e a análise de restos mortais humanos com o objetivo de ajudar em investigações criminais. Esses especialistas fornecem informações sobre a origem e a identidade de um corpo, bem como a forma e o momento da morte. A área forense tem diversos segmentos - desde entomologia forense (estudo de evidências de insetos) à odontologia (análise de provas dentárias [em inglês]). Um antropólogo forense pode consultar um odontologista, por exemplo, para determinar com maior precisão a idade média de um esqueleto humano.
Quando um corpo é descoberto, um antropólogo forense é intimado ao local do crime para ajudar a encontrar e reunir restos mortais. Não é tão simples quanto parece. Pode haver dois corpos juntos numa cova rasa ou o corpo pode ter sido encontrado entre ossos de animais deixados por caçadores. O profissional separa os ossos dos outros materiais, os leva ao laboratório e os limpa para depois examiná-los. A análise é complicada por uma série de motivos. Por exemplo, um trauma no osso pode revelar luta com o assassino ou pode ser apenas resultado de um acidente na infância. O exame forense pode ajudar a determinar qual é o caso. Antropólogos forenses também prestam depoimento na justiça sobre suas descobertas - reafirmando sua opinião sobre a identidade ou perfil do indivíduo e a presença de traumas nos ossos ou esqueleto. Quando cientistas forenses aparecem em seriados de crimes na TV, o papel que desempenham normalmente é impreciso e exagerado. O antropólogo forense estuda apenas os ossos e os restos em decomposição de uma pessoa - e não o resquício misterioso de sangue no punho, o chiclete mastigado na boca da vítima ou o padrão peculiar de manchas de sangue na parede atrás do corpo. Algumas tarefas não executadas por eles incluem:
quarta-feira, 23 de março de 2011
Fazenda de Corpos - A Decomposição
Morte humana e decomposição
A fim de compreender como as fazendas de corpos funcionam, é interessante saber alguns dados básicos sobre a morte humana e a decomposição. Embora soe bastante macabro, é perfeitamente normal que o corpo passe por diversas mudanças radicais quando a pessoa morre.Para começar, quando o coração pára de bater, as células do corpo e os tecidos param de receber oxigênio. As células cerebrais são as primeiras a morrer - normalmente em três a sete minutos (fonte: Macnair). Ossos e células da pele, no entanto, sobrevivem por diversos dias. O sangue começa a ser drenado dos vasos sanguíneos para as partes inferiores do corpo, criando assim uma aparência pálida em alguns lugares e uma aparência mais escura em outros.
Conforme as células morrem, as bactérias dentro do corpo começam a desintegrá-lo. Enzimas no pâncreas fazem com que o órgão se dissolva sozinho. O corpo logo assume uma aparência horrível e começa a cheirar mal. Tecidos em decomposição liberam uma substância esverdeada e gases como metano e sulfeto de hidrogênio. Os pulmões expelem um fluído pela boca e pelo nariz.
Insetos e animais certamente percebem tais sinais. O corpo humano oferece alimento e é um ótimo lugar para depositarem seus ovos. Uma mosca pode se alimentar bem com um cadáver e depois liberar até 300 ovos sobre ele, gerando cria em um dia.
Os gusanos - larvas que nascem destes ovos - são extremamente eficientes e carnívoros. Começando pela parte externa do corpo onde nascem as larvas usam ganchos na boca para sugar os fluídos que escorrem do cadáver. Depois de um dia, as larvas entram no segundo estágio de sua vida, cavando para dentro do cadáver.
Movendo-se em grupo, as larvas se alimentam de carne em putrefação e soltam enzimas que ajudam a tornar o corpo em uma substância pegajosa. O mecanismo de respiração se localiza na extremidade oposta da sua boca, permitindo que coma e respire simultaneamente sem interrupção de tempo. Uma larva em sua fase inicial apresenta 2 milímetros de comprimento, mas quando atinge o terceiro estágio e deixa o corpo como prepupa, pode chegar a 20 milímetros - 10 vezes seu tamanho inicial. Larvas podem consumir mais de 60% do corpo humano em menos de sete dias (fonte: Australian Museum).
O ambiente no qual o corpo está também afeta seu índice de decomposição. Por exemplo, corpos na água se decompõem duas vezes mais rápido do que aqueles enterrados no solo. Esse processo é mais lento embaixo da terra, especialmente se o corpo estiver em terreno argiloso ou protegido por outra substância sólida que impeça o ar de chegar, uma vez que a maioria das bactérias necessita de oxigênio para sobreviver.
domingo, 20 de março de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
Fazenda de Corpos
Detalhes da decomposição humana em diversos estágios e condições climáticas ajudando a polícia a desvendar crimes baseando-se na tecnologia e conhecimento forense. Fantástico.
O corpo de John Bryant foi localizado na Floresta Nacional de Nantahala, na Carolina do Norte (em inglês), onde caçadores normalmente jogam carcaças de animais. A mistura de ossos dos bichos com restos humanos complicou a investigação. Assim a polícia recorreu a dois especialistas em antropologia forense - ambos professores da Universidade Western Carolina - que ajudaram a localizar, recolher e datar os restos mortais do idoso. Isto ajudou a unir provas para a investigação contra o assassino.
Os antropólogos forenses podem datar restos mortais observando a atividade dos insetos sobre o corpo em decomposição, mas se já se descompôs até o esqueleto, o trabalho fica bem mais difícil. É aí que a pesquisa da fazenda de corpos começa. Elas têm ensinado os cientistas a estudar o terreno em torno dos restos mortais em busca de provas - a acidez no solo pode indicar há quanto tempo o corpo tem liberado fluidos na terra. Além disto, os especialistas passaram a prestar atenção aos efeitos do tempo e do ambiente. Os cientistas consideram o efeito do processo de putrefação sob o sol quente e árido e também como um corpo em decomposição pode ser dilacerado por animais em busca de alimento. Se os ossos maiores estiverem espalhados, é seguro assumir que o corpo está no local por um período longo (os animais carregam os ossos pequenos primeiro).
A Western Carolina é uma das três únicas universidades nos Estados Unidos que defende o mérito de permitir a decomposição de corpos humanos naquilo que seria somente um adorável campus universitário. Além da fazenda de corpos na WCU, há também fazendas na Universidade do Tennessee (em inglês)-Knoxville e na Universidade do Texas (em inglês)-San Marcos. Neste artigo, você vai saber tudo sobre fazendas de corpos e seu papel na educação e investigação. Mas, antes entenda o que acontece com o corpo quando a pessoa morre.
fonte: How Stuff Works.
Introdução a como funciona a fazenda de corpos
Em fevereiro de 2008, depois de meses de busca, investigadores encontraram o corpo de John Bryant - um homem de 80 anos que estava desaparecido. Um suspeito já estava na prisão, mas definir quando Bryant morreu era um dado crucial para o caso. A resposta poderia ser encontrada a partir de dados localizados em um dos centros de pesquisa mais horríveis: a fazenda de corpos.Os antropólogos forenses podem datar restos mortais observando a atividade dos insetos sobre o corpo em decomposição, mas se já se descompôs até o esqueleto, o trabalho fica bem mais difícil. É aí que a pesquisa da fazenda de corpos começa. Elas têm ensinado os cientistas a estudar o terreno em torno dos restos mortais em busca de provas - a acidez no solo pode indicar há quanto tempo o corpo tem liberado fluidos na terra. Além disto, os especialistas passaram a prestar atenção aos efeitos do tempo e do ambiente. Os cientistas consideram o efeito do processo de putrefação sob o sol quente e árido e também como um corpo em decomposição pode ser dilacerado por animais em busca de alimento. Se os ossos maiores estiverem espalhados, é seguro assumir que o corpo está no local por um período longo (os animais carregam os ossos pequenos primeiro).
A Western Carolina é uma das três únicas universidades nos Estados Unidos que defende o mérito de permitir a decomposição de corpos humanos naquilo que seria somente um adorável campus universitário. Além da fazenda de corpos na WCU, há também fazendas na Universidade do Tennessee (em inglês)-Knoxville e na Universidade do Texas (em inglês)-San Marcos. Neste artigo, você vai saber tudo sobre fazendas de corpos e seu papel na educação e investigação. Mas, antes entenda o que acontece com o corpo quando a pessoa morre.
fonte: How Stuff Works.
terça-feira, 15 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
domingo, 13 de março de 2011
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